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Disputa pela guarda de filho de Marília Mendonça: psicólogo adverte para "riscos emocionais" em Léo

Felipe Lessa/ Redação RedeTV!

Especialista destaca que batalha judicial entre Murilo Huff e Dona Ruth pode gerar insegurança e ansiedade na criança, com impactos a longo prazo

(Foto: Reprodução/ Instagram)

A intensa disputa judicial entre Murilo Huff e Dona Ruth , avó paterna de Léo, filho da cantora Marília Mendonça, pela guarda unilateral do menino de 5 anos, está sob os holofotes. O imbróglio, que ganhou as redes sociais com troca de farpas entre a família, levanta preocupações sobre o bem-estar emocional da criança.

Em entrevista ao Portal Marcia Piovesan, o psicólogo clínico Luti Christóforo alertou para os potenciais danos psicológicos que essa batalha pode causar em Léo, mesmo que não sejam visíveis de imediato. "Litígios prolongados de guarda tendem a gerar insegurança, ansiedade e até sintomas depressivos na infância, que podem reaparecer na pré-adolescência em forma de dificuldades escolares, comportamentos de oposição ou baixa autoestima", explicou o especialista.

Conflitos de divórcio e guarda frequentemente impactam negativamente as crianças, que se veem no meio de brigas que não compreendem. "Estudos internacionais sobre disputas parentais de alta conflitividade mostram aumento de até 40% nos índices de transtornos de ansiedade generalizada em comparação a divórcios cooperativos", ressaltou Christóforo.

Apesar dos riscos, o psicólogo enfatiza que esses impactos emocionais podem ser mitigados. "Fatores protetores como rotina estável, comunicação afetiva, limites claros e acompanhamento psicológico reduzem drasticamente esses riscos. Por isso, blindar o menino dos detalhes do processo e oferecer suporte terapêutico desde já favorece um desenvolvimento emocional saudável", pontuou.

O melhor cenário para Léo: estabilidade e coparentalidade

Sobre a questão de o menino morar com o pai ou com a avó, Christóforo sugere que a rotina de Léo seja mantida com o mínimo de alterações possível. O garoto está acostumado com os cuidados da avó desde os 11 meses de idade. O ideal, portanto, seria a continuidade da guarda compartilhada.

"A literatura sobre apego mostra que mudanças bruscas de residência ou cuidador primário, sem transição gradual, podem provocar regressões comportamentais e dificuldades de regulação emocional. Idealmente, pai e avó deveriam atuar em coparentalidade colaborativa, permitindo que o menino permaneça no ambiente onde já se sente seguro, mas aumentando progressivamente a presença paterna no dia a dia", afirmou.

Lidando com a ausência materna

A perda precoce da mãe, Marília Mendonça, é outro fator delicado na vida de Léo. O psicólogo explica que crianças nessa idade podem não compreender a irreversibilidade da morte, manifestando o luto através de alterações no sono, apego excessivo ou comportamentos regressivos.

"Ao completar cinco anos, ela passa a elaborar o conceito de finitude e pode surgir tristeza súbita ou curiosidade constante sobre a mãe. O impacto de longo prazo depende de como os adultos lidam com o tema: falar da mãe com naturalidade, manter rituais de lembrança (fotos, histórias, canções) e legitimar as emoções do menino ensina que a dor pode conviver com afeto e segurança", finalizou Christóforo, recomendando psicoterapia infantil para auxiliar o menino a processar o luto de forma saudável.

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