CPI das Bets: Virginia Fonseca presta depoimento nesta terça e pode ficar em silêncio
Publicada:13/05/2025 10:17:00
Ana Souza /Redação RedeTV
Influenciadora poderá se recusar a responder perguntas que possam incriminá-la, segundo decisão do STF
(Foto:Reprodução/Redes Sociais)
Virginia Fonseca comparecerá nesta terça-feira (13) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets, instaurada para investigar o mercado de apostas. Em habeas corpus apresentado ao Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes assegurou o direito constitucional da influenciadora de 26 anos de permanecer em silêncio diante de questionamentos que possam levá-la à autoincriminação.
No pedido, a defesa — representada pelo advogado Michel Saliba Oliveira — citou episódio anterior, ocorrido em 29 de abril de 2025, durante sessão da mesma CPI, quando o convocado Daniel Pardim Tavares Lima, mesmo tendo declarado que permaneceria em silêncio, foi detido por ordem da senadora relatora Soraya Thronicke. Segundo a defesa, a prisão ocorreu sob a justificativa de que o convocado teria mentido.
Outro ponto destacado pela defesa refere-se a um fato ocorrido em 20 de abril, quando “a empresa Prevent Sênior protocolou na Procuradoria-Geral da República um pedido de investigação contra a advogada dos médicos, a jornalista da Globo que publicou a matéria da denúncia e alguns dos ex-médicos da instituição.”
Com base nesses eventos, o pedido sustenta que “a paciente tem o fundado receio de sofrer situação semelhante durante o seu depoimento perante a CPI das Bets, […] sendo este remédio constitucional o único meio de evitar a ocorrência de flagrante constrangimento ilegal.”
A decisão do Supremo estabelece que Virginia Fonseca poderá exercer o direito ao silêncio para evitar autoincriminação, mas “não tem o direito ao silêncio com relação a perguntas relacionadas a outros investigados, razão pela qual tem o dever de dizer tudo o que souber.”
Relembre o caso
Virginia foi convocada pela CPI das Apostas Esportivas (CPI das Bets) por ter participado de ações publicitárias relacionadas à Blaze, uma plataforma de apostas online investigada por possíveis práticas ilegais, como lavagem de dinheiro e prejuízo a consumidores. A comissão quer apurar o papel de influenciadores digitais na promoção desse tipo de serviço, especialmente entre o público jovem.
Com informações e pesquisas via Inteligência Artificial
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