Após dois anos do crime, ladrões que assaltaram casa de família de Neymar são condenados
Redação RedeTV!
Eles invadiram a residência dos pais de Bianca Biancardi e os imobilizaram com cadarços
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)
A Justiça de São Paulo condenou dois indivíduos acusados de participação no assalto à residência dos pais de Bruna Biancardi, sogros de Neymar, ocorrido em novembro de 2023, em um condomínio fechado em Cotia, na Grande São Paulo. Eduardo Seganfredo Vasconcelos foi sentenciado a 8 anos e dez meses de prisão em regime inicial fechado e permanece detido. O segundo réu, Pedro Henrique Vasconcelos, foi condenado a uma pena superior, de 9 anos e três meses, também em regime inicialmente fechado, mas continua foragido das autoridades. A defesa dos condenados não foi localizada pela reportagem.
O crime, que envolveu a invasão da casa de Edson e Telma Ribeiro, resultou na imobilização do casal com cadarços e no roubo de itens de valor, como joias, relógios e bolsas de grife. A polícia conseguiu esclarecer o assalto rapidamente, identificando os autores através das câmeras de segurança da portaria do condomínio, que estava sem energia elétrica devido a um temporal, mas funcionava por meio de gerador. As imagens registraram os assaltantes chegando de carro, e foi constatado que um dos suspeitos, Eduardo Vasconcelos, de 19 anos na época, era vizinho das vítimas.
A juíza Maria Luiza de Almeida Vilhena, da Vara Criminal de Cotia, determinou que os réus não poderão recorrer em liberdade. Além de Eduardo e Pedro, um terceiro suspeito, conhecido apenas como "Europa", não foi identificado pelas autoridades.
A situação de Pedro Henrique Vasconcelos, um dos condenados e que segue foragido, foi tema de reportagem em maio, que revelou uma falha no sistema de justiça criminal. No dia 19 de abril, em Paraisópolis, zona sul de São Paulo, policiais militares detiveram Pedro após uma perseguição, momento em que ele apresentou um Registro Geral (RG) falso em nome de Leonardo dos Santos Vasconcelos. As digitais, contudo, revelaram sua verdadeira identidade. Na ocasião da prisão, ele tentou quebrar o celular e estava de posse de uma touca ninja.
A delegada de plantão, na época, o autuou pelo uso de documento falso e o liberou, classificando a ocorrência como crime de menor potencial ofensivo. A libertação ocorreu apesar de existir um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça contra Pedro pelo assalto, com validade até 2033.
Questionado sobre a falha, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) declarou que o mandado contra Pedro "foi expedido durante a fase de inquérito sob sigilo" e, por isso, não estava acessível em consulta pública. A assessoria do Tribunal indicou, por telefone, que "uma autoridade policial conseguiria consultar o mandado no sistema."
Em contrapartida, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) informou, à época, que, no dia da detenção de Pedro, "foram realizadas as consultas em todos os sistemas e não foi localizada nenhuma ordem judicial de prisão."
A responsabilidade pela inclusão dos dados de prisão no sistema, conforme apontado, "Em regra, a própria autoridade que defere esse ato, ou seja, que determina essa prisão, já tem a possibilidade de acessar o sistema e fazer constar nesse sistema. Ou a própria autoridade, ou um assessor mandatado para isso, para que essa ordem conste no sistema," revelando que a falha reside na operacionalização do procedimento legal. Enquanto o debate sobre a origem da falha persiste, Pedro Henrique Vasconcelos permanece em situação de foragido.
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