Eleições 2022

Entidades fiscalizadoras

Urnas que passarão por auditoria são escolhidas pelo TRE-SP

Redação/RedeTV!

Entidades fiscalizadoras selecionaram seções eleitorais em todo o estado de onde sairão os equipamentos

(Foto: Agência Brasil) 

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) realizou, na manhã deste sábado (1°), uma cerimônia para a seleção das urnas eletrônicas que passarão pelo Teste de Integridade e pelo Teste de Autenticidade nas eleições deste domingo (2).

O evento, realizado no plenário do Tribunal, teve a participação de 32 entidades da sociedade civil convidadas a fiscalizar o processo de votação, como Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Sociedade Brasileira de Computação, Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), entidades do Sistema S e partidos políticos, Exército, entre outras. Também participaram da ação 17 representantes de organizações internacionais que vieram acompanhar as eleições no Brasil.

Ao todo, foram selecionadas  33 urnas eletrônicas que passarão pelo Teste de Integridade – 27 serão levadas neste sábado de todas as regiões do estado de São Paulo até o Centro Cultural São Paulo, na capital paulista; em outras seis urnas, escolhidas entre as 28 seções eleitorais da Unip Paraíso, na rua Vergueiro, haverá um projeto-piloto com biometria com eleitores voluntários no próprio local de votação. O Teste de Integridade acontecerá no domingo (2), durante o horário normal da votação (8h às 17h).

Também foram escolhidas 10 urnas que passarão pelo Teste de Autenticidade dos sistemas nas seções eleitorais. O procedimento também será realizado no dia da eleição, a partir das 6h, antes da abertura da votação.

Para a presidente da Seção São Paulo da OAB, Patrícia Vanzolini, que escolheu uma das urnas, esse procedimento é importante para que a população tenha segurança de que não existe nenhuma possibilidade de fraude e que as urnas funcionam corretamente.

“As urnas acabaram de ser escolhidas de forma absolutamente aleatória. Agora essas urnas vão ser submetidas a auditoria e, uma vez que elas se mostrem confiáveis, isso significa que o sistema todo é confiável. É um sistema muito transparente, para dar segurança ao eleitor de que o voto que ele depositar vai ser contabilizado corretamente”, explicou Patrícia

Cédulas em papel

O Teste de Integridade, que ocorre desde as eleições de 2002, é uma espécie de votação paralela com cédulas em papel, preenchidas por representantes das entidades fiscalizadoras. Para isso, foram preenchidas mais de 17.000 cédulas pelas entidades fiscalizadoras e por voluntários da Federação dos Bandeirantes. Ao final da cerimônia neste sábado, essas cédulas foram colocadas em urnas de lona, que serão levadas aos locais de auditoria, onde permanecerão em salas lacradas e vigiadas junto com as urnas eletrônicas.

Cada urna foi preenchida com um número de cédulas correspondente a um total de 75% a 82% do número de eleitores e eleitoras registradas na respectiva seção eleitoral.

No dia da eleição, esses votos são digitados nas urnas eletrônicas por servidores do Judiciário e do Ministério Público. Todo o processo é filmado e, ao final da votação, os resultados de ambas as urnas são comparados, comprovando que são os mesmos. Os votos da auditoria não são contabilizados na eleição.

Já o Teste de Autenticidade é uma auditoria nos sistemas eletrônicos das urnas. Antes do início da votação, é inserido na urna um programa verificador das assinaturas digitais, que apresentará na tela a quantidade de programas instalados na máquina e se as assinaturas são válidas. Após esses procedimentos, é impressa a zerésima, relatório que mostra que ainda não há nenhum voto registrado na urna, e é aberta a seção para a votação dos eleitores. O objetivo é demonstrar que a urna eletrônica possui os mesmos sistemas abertos, compilados, assinados e lacrados pelo TSE.

Impressão da zerésima

Também neste sábado foi realizada a cerimônia de emissão do relatório da zerésima do Sistema de Gerenciamento da Totalização (SISTOT) de São Paulo, na Sala de Imprensa instalada na sede do TRE-SP para estas eleições. A cerimônia pública foi conduzida pelo presidente do Tribunal, desembargador Paulo Galizia, na presença do vice-presidente e corregedor do TRE-SP, desembargador Silmar Fernandes, e do diretor-geral do Tribunal, Claucio Corrêa, além de juízas, juízes, procuradoras e procuradores eleitorais.

A zerésima consiste em um relatório que comprova que não há nenhum voto computado no banco de dados do sistema. A cerimônia de geração da zerésima é realizada primeiramente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relativa às eleições para presidente e vice-presidente e, em seguida, nos demais Tribunais Regionais, relativamente às eleições para governador e vice-governador, senador e deputados federais e estaduais. As zonas eleitorais também geraram as suas respectivas zerésimas referentes às eleições federais e estaduais.

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