TSE e Ministério da Defesa estudam projeto-piloto para usar biometria em teste das urnas
Publicada:31/08/2022 15:32:00
Redação RedeTV! com Agência Brasil
Durante reunião, foram discutidas as propostas das Forças Armadas para a eleição
(Foto: Agência Brasil)
Nesta quarta-feira (31), o ministro das Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, realizaram a segunda reunião para discutir propostas apresentadas pelas Forças Armadas para a eleição.
Em conjunto, as áreas técnicas devem apresentar um possível projeto piloto para uso da biometria nos testes de integridade nas urnas. "A possibilidade de um projeto piloto complementar, utilizando a biometria de eleitores reais em algumas urnas indicadas para o referido teste, conforme sugestão das Forças Armadas no âmbito da Comissão de Transparência Eleitoral”, diz nota da Corte.
Durante a reunião, que durou cerca de duas horas, técnicos militares e do secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente, além de membros da equipe de comunicação do tribunal, defenderam a importância da manutenção do teste de integridade.
Com o anúncio, o TSE acata uma das sugestões feitas pelas Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral (CTE).
O procedimento acontece desde 2002 e é usado para simular uma votação normal, com a proposta apresentada nesta quarta, devem ser usadas a leitura de biometria para eleitores reais realizarem o teste.
Entenda
O teste de integridade é realizado um dia antes da votação, onde algumas urnas são sorteadas e levadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para que, no dia seguinte, seja simulada uma votação normal no equipamento. Os equipamentos podem também ser escolhidos aleatoriamente pelos partidos políticos.
No final da votação, a Comissão de Auditoria da Urna Eletrônica de cada TRE realiza uma espécie de batimento para saber se o voto depositado na urna é o mesmo registrado pelo equipamento. Isso é possível porque os votos são depositados em papel e depois na urna eletrônica, permitindo a comparação do resultado. Todo o procedimento é acompanhado por empresa de auditoria externa selecionada por licitação.
Para as eleições deste ano, o TSE ampliou significativamente o número de urnas auditadas no dia da votação, Nos estados com até 15 mil seções eleitorais, serão sorteadas ou escolhidas 20 para serem submetidas ao procedimento. Já nas unidades da federação que têm entre 15.001 e 30 mil seções, serão testadas as 27 urnas. Nas localidades restantes estabeleceu-se a escolha de 33 urnas eletrônicas auditadas.
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