Resultado da auditoria deve constar nos próximos relatórios divulgados pela Corte de Contas

(Foto: Agência Brasil)

O secretário-geral do Tribunal de Contas da União (TCU), Frederico Carvalho Dias, entregou nesta sexta-feira (7) ao secretário-geral da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Levi Mello, ofício requisitando acesso aos Boletins de Urna (BUs) de uma amostra de 4.577 seções eleitorais sorteadas aleatoriamente para serem submetidas à auditoria. A avaliação comparará os BUs recolhidos com a totalização referente ao primeiro turno das Eleições 2022. 

Foram requisitados BUs de cerca de 40% dos municípios com eleição, no Brasil e no exterior. Das 4.577 seções sorteadas, cerca de 970 estão localizadas em capitais e dez no exterior. 

Com meta mínima de 4.161 BUs para conferência, a amostra requisitada tem grau estatístico de confiabilidade de 99% e margem de erro de 2%, além de considerar a variância de 50%, parâmetros estabelecidos pela equipe de auditoria do TCU. 

O resultado desta fase da auditoria constará dos próximos dois relatórios a serem produzidos pelo TCU sobre o sistema eletrônico de votação, que devem ser divulgados em novembro e no início de fevereiro.

O secretário-geral da Corte de Contas explicou a importância dessa averiguação para a sociedade brasileira. “O TCU vem realizando essa auditoria em várias etapas, para avaliar o sistema eleitoral como um todo. É interessante observar que, por ser um órgão técnico, que baseia suas auditorias em padrões internacionais, o Tribunal [de Contas] tem todo o respaldo para poder opinar nos procedimentos que vêm sendo adotados sobre o assunto”, disse.

José Levi Mello destacou que a Justiça Eleitoral é transparente e absolutamente aberta. “Aqui, só há uma coisa sigilosa: o voto. O TCU tem uma expertise em diversas áreas que pode e traz uma série de contribuições para todas as projeções da administração pública brasileira. Nesse sentido, não hesito em dizer que é uma satisfação enorme contar com o acompanhamento do Tribunal [de Contas], que é sério, construtivo, sempre presente e que fortifica o trabalho da Justiça Eleitoral”, afirmou o secretário-geral da Presidência do TSE.

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