Membros da União Europeia devem observar as eleições no Brasil

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nesta quarta-feira (18), o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou que vê com estranheza o Brasil receber durante as eleições observadores de uma organização que o país não faz parte.

Em audiência na Comissão Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da Câmara dos Deputados, França ressaltou que a União Europeia não tem o hábito de realizar esse tipo de missão eleitoral.  

“Vi com certa estranheza porque acho difícil que possamos ter como observador eleitoral no Brasil uma organização da qual nós não fazemos parte. Isso envolve, claro, a nossa participação. O segundo ponto é o fato de que a União Europeia não costumar desdobrar missões eleitorais para as eleições dos seus próprios membros,” disse França. 

Uma nota de posicionamento foi encaminhada ao Tribunal Superior Eleitoral pelo ministro, que ainda destacou que outras organizações tem esse interesse em observar as eleições no Brasil. “Eu fiz uma ponderação e acho que foi acatada, porque há outras organizações também, por exemplo o próprio ParlaSul, eu vejo isso tudo com muita naturalidade,” afirmou. 

França ainda pontuou que as relações com o bloco europeu podem até avançar, mas o Brasil nunca fará parte.  

O presidente do TSE, Edson Fachin, anunciou na terça-feira-feira (17) que o Brasil vai receber observadores internacionais nas eleições.