10/06/2025 13:06:00 - Atualizado em 10/06/2025 13:07:00

Médicos estavam prestes a remover órgãos de paciente quando ele acorda

Nathalia Ferreira / Redação RedeTV!

Investigação aponta que em 73 casos os órgãos de pacientes ainda vivos seriam retirados

(Foto: Pexels)

Imagina um paciente, mesmo dando sinais de que estava vivo, ter o suporte de vida retirado e seus órgãos doados? Foi o que aconteceu em 2021, nos Estados Unidos. Vítima de overdose, aos 50 anos, começou a se mexer depois de ter sido retirado do suporte de vida, enquanto os médicos se preparavam para retirar seus órgãos. A cirurgia não foi interrompida imediatamente e o paciente não recebeu nenhuma explicação.

“O paciente não tinha ideia do que estava acontecendo, mas estava ficando mais consciente a cada minuto”, segundo registros.

Depois de 40 minutos, os órgãos não foram mais considerados aptos para doação, e o paciente foi levado para uma unidade de terapia intensiva, onde estava consciente e conversando com seus familiares. Três dias depois, o homem faleceu.

Após esse caso incomum, houve uma investigação em mais de 350 casos ocorridos no mesmo período. Em 73 deles, o procedimento de remoção de órgãos deveria ter sido interrompido, já que os pacientes apresentavam níveis elevados ou melhora de consciência.

De acordo com a investigação, além de os pacientes terem sentido dor ou angústia enquanto eram preparados para o procedimento, a maioria não sobreviveu por mais do que algumas horas ou dias depois.

Foi revelado que os funcionários da organização sem fins lucrativos encarregada de coordenar as doações de órgãos pressionavam os familiares a autorizar a doação, assumiam indevidamente o lugar dos médicos e instigavam a equipe a remover o suporte de vida mesmo diante de indícios de consciência dos pacientes.

Ao todo, a investigação identificou 103 casos com “sinais preocupantes” e destacou que os problemas ocorriam com mais frequência em hospitais localizados em áreas rurais. Além disso, apontou que mais da metade dos transplantes realizados pela organização de Kentucky envolviam pacientes com morte circulatória — um número acima da média nacional.

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